terça-feira, 3 de outubro de 2006

O escafandro ainda existe

No dia 23 de outubro deste ano fará 100 anos que Alberto Santos Dumont voou cerca de 60 metros a uma altura de 2 a 3 metros. Amigo pessoal de monsieur Cartier, “inventou” o relógio de pulso quando encomendou um relógio no qual pudesse ver as horas enquanto voava, era tempo do relógio de bolso, que ainda existe romanticamente. Escrevo este texto motivado pela admiração que tenho por ele, por tudo, desde criança com o 14-Bis até hoje à tarde quando descobri que na casa de campo projetada por ele em Petrópolis, RJ não existe cozinha pois preferia pedir comida de um hotel próximo, certamente “inventou” o delivery no Brasil mas com a classe do berço aristocrata mineiro da república do café com leite.

Ao inventar o relógio de pulso, o delivery e o avião (glup!) imagina que a própria genialidade sacia. Assim como Jacques Cousteau que ao inventar o acqualung não tinha intenção de acabar com o escafandro, apenas pelo acqualung. Dumont não inventou, ele foi, e não foi pelo futuro, foi pela existência.