sábado, 4 de junho de 2005

As comparações humanas são inúteis. A individualidade humanidade cessa o direito e a função de comparações entre os seres. A geração de preconceitos pode ser facilmente explicada através de uma não permissão de comparações.
Os seres não são semelhantes, não são diferentes.
Uma mocinha rica que não se interessa por nada além de compras no shopping center, revistas de moda, academias de ginástica e programas de televisão não é menos, mais ou igualmente complexa a um professor doutor de física da universidade de Harvard. Simplesmente pela não possibilidade de comparação e a existência paralela entre os seres humanos. Os grupos sociais são uma abstração do medo da morte e não têm nenhuma função vital ou nem mesmo são uma forma intrínseca da existência dos animais. O instinto acaba por nos reunir pelo simples fato de termos medo de morrer, não suportamos a idéia de que nossa existência seja tão efêmera a ponto de não existirmos mais por um motivo tão natural que é o fim da vida por possibilidades físicas. As abstrações como sociedade, organizações sociais, sistemas e outras, tornam-se cada vez mais sofisticadas junto ao crescimento e desenvolvimento das ciências que comprovam que as abstrações mentais são reais e podem ser utilizadas na prática, porém nos tornam cada vez menos humanos, animais e naturalmente seres vivos que crescem, se reproduzem e morrem.
As ciências apenas comprovam que os pensamentos e constatações visíveis aos olhos e a percepção limitada dos seres humanos são verdade ou inverdade. O que acaba por limitar a chance de se crer em algo fora dessa realidade comprovada, o que nos daria a chance de crer em novas possibilidades e em novas formas de vivenciar a realidade, que pode ser e é tudo, exatamente tudo, até que a ciência comprove.