terça-feira, 7 de junho de 2005

Liberdade é fumar num cinema de Buenos Aires?

Leonardo,
li isso e lembrei de um papo que tivemos uma vez sobre cigarros, vícios e fumantes. Três coisas que, naquela vez concluímos juntos, foram idiotamente colocadas juntas em algum momento da História da humanidade e nós, eu, você e até mesmo os fumantes, acreditamos ser coerente, inconscientemente, mas acreditamos, porque de inconsciente manipulado e burro é feita uma nação, não só a brasileira, mas todas.
E para você não me dizer que pareço um ser extra-terrestre que acaba de cair em um galinheiro e avistou os montes de galinhas, envio esse texto desse rapaz português que escreve eventualmente na Folha de S. Paulo no Pensata, li tudo dele lá por indicação de um amigo, e não sei como esse texto do link tinha passado desapercebido por mim. Leia sem preconceitos, é coisa bonita e bem escrita, nada tem a ver com a redenção dos fumantes ou campanha anti-tabagismo, fala de liberdade mesmo, até para os fumantes que perderam a sua desde o ministro Serra. Nisso (e em outras coisas, é duro admitir) os argentinos são melhores que nós: lá se pode fumar nos cinemas.
Um abraço e divirta-se com o Coutinho:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult2707u5.shtml
Diego.

2 Comments:

Blogger Denis Pedroso said...

Que a opinião de Coutinho, que trata das campanhas de anti-tabagismo, e não chega às salas de cinema (a não ser que as tais campanhas arrombem as frases deste meu comment e cheguem às telas de cinema), é impressionantemente consistente não pela fonte (Proctor), mas por simplesmente se esforçar um pouco e se desvincilhar do emburrecimento generalizado do nosso e de, 'como tu diz', vários inconscientes coletivos. E isso que ele fez tem aroma de liberdade! Afinal, se desvincilhar... que ótimo para a autonomia da gente. Agora, que a liberdade se decide ou provoca reflexão ao ser presa numa sala de cinema, que mal pra gente, pois seríamos vitimados naquilo que nos permite a cura de alguma doença, o pensamento. Pois é um subterfúgio colocar a liberdade nestes termos, já que ela nada tem a ver com livre-arbítrio e, o que me parece, esse está em questão numa frase dessas. Coitada da liberdade, sempre mal compreendida. Não dos argentinos que, seja pelos méritos, seja por nossos equívocos, têm nutrido a boa e merecida fama de serem melhores que a gente.

Dados sobre mim: não sou argentino. Sou fumante. Adoro o Coutinho. Sou amigo do Diego. Faço Filosofia. Não estou criticando. Adoro debate franco. E vou torcer pelo Barsil, na quarta!

A+braço, meo!

11:33 AM  
Blogger liquidpig™ said...

A idéia chega de mansinho, na maior parte das vezes, e geral acostuma-se à ela também aos poucos, na maior parte das vezes. Há também o ponto alto da campanha pró-idéia, que tem jeitão de cruzada cristã contra o demônio infiel e a partir daí as pessoas precisam escolher lados. Eu sou contra, eu sou a favor, vc sabe como é.. pronto, têm-se um joguinho emburrecido de marionetes orgulhosas dos fios que as sustentam... pfff *bate na mesa* parei, aperta pause que eu vou dar uma descida aqui em lugar nenhum.

12:55 PM  

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