sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pedalando pela riqueza

Acredito que a coisa mais interessante pela qual a minha geração já passou é esta crise. Analistas econômicos, os mesmos com a mesma credibilidade, já assumiram posições conservadoras e já comparam a atual situação com a que se viveu logo depois da Segunda Guerra Mundial. Dificilmente os bancos centrais terão poder para alavancar os PIBs de seus países e com sorte nós, emergentes, vamos conseguir tirar os números do sufoco.
O que se percebe é uma marola, parafraseando Luiz Inácio, de um novo modelo de mercado, algo que, no meu pífio entendimento econômico, leve o mundo a uma reavaliação de seus modelos econômicos. Não estou aqui para defender ideologia, muito menos discutir economia, afinal, sou da "geração bege" (pergunte a quem sabe: Google). O que me interessa é o questionamento da cultura da aparência, que vende por vender, e os consumidores, consomem por consumir. A reavaliação passa por aí, o Homem se pergunta, mais uma vez, o que ele realmente é, dados o momento que vive e a sua História.
O carro possante dá seu lugar de status a bicicleta, "un coche menos", semi-protestam os espanhóis com suas camisetas pedalando.
O entendimento de consumir e projetar a felicidade em objetos é questionado há tempo, mas nunca foi tão claro que a riqueza é ilimitada, mas ao mesmo tempo limitadora.

1 Comments:

Blogger Diego Fonseca said...

Grande Godoy, vc sabe que para mim, é um privilégio receber um elogio seu!

"...a riqueza é ilimitada, mas ao mesmo tempo limitadora."

Sou seu fã!

10:32 AM  

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