quarta-feira, 15 de junho de 2005

Forças subversivas de mau-gosto

Ontem no depoimento do deputado Roberto Jefferson caiu uma ficha que há algum tempo estava para cair. Entre 2000 e 2001, um ano ou dois antes das eleições para presidente, forças subversivas de mau-gosto descobriram que o PSDB iria lançar Roseana Sarney como pré-candidata à presidência da República. As forças subversivas de mau-gosto conseguiram deflagrar um esquema de propinas que acontecia nas regiões onde a família Sarney é senhora de todas as coisas. Foi quando o PSDB com muita sabedoria decidiu retirar a pré-candidatura de Roseana e indicou outros, e entre eles José Serra foi o escolhido como concorrente a candidato do PSDB. Aí então, o PT muito sabiamente, com seu semi-eterno candidato Luis Inácio Lula da Silva, pensou em usar toda a sua força que sempre se comportou de forma subversiva fazendo comentários e críticas de mau-gosto em fazer uma aliança estratégica com o PL. O PL? Sim, o PL aquele de direita, direita-roxa. Ganhou porque conseguiu nessa nova configuração de algo parecido com uma joint-venture da política brasileira, convencer, literalmente, gregos e troianos a votarem na “mudança”. Mas não vamos entrar no mérito do governo atual, vamos lembrar do Roberto Jefferson em depoimento ontem (só que antes vamos rir ao lembrar que as acusações contra a então pré-candidata à presidência Roseana Sarney não foram comprovadas e por falta de provas foram arquivadas e pior, foram declaradas infundadas e falsas). Meus amigos, sem esperar, apareceram elas novamente: as forças subversivas de mau-gosto trazendo consigo Roberto Jefferson. Pois é, mais uma vez elas arrumaram um bode expiatório para falar mal do governo, mas mal mesmo, não é crítica barroca do tipo “seus perus bêbados”, não. É coisa séria. O deputado Jefferson já até aconselhou o governo: “Olha, presidente! Se eu continuar falando assim tudo que eu sei e o Brasil inteiro sabe que todo mundo igual a mim faz também, o José Dirceu vai fazer do senhor um réu”. Pasmem. As eleições estão aí, 2006 já é o tema central de todas as discussões internas nos partidos. Assistimos mais uma vez montes de acusações e um diz-que-me-disse interminável que só confunde a cabeça de nós, pobres eleitores desses acusadores e acusados.
O trágico é pensar que sem esse “tempero” de nebulosidade político-partidária onde todos querem lançar seus candidatos ou fazerem as alianças que julgam mais interessantes, os nossos parlamentares e executivos da política nacional não sabem fazer política. Isso é interminável. Sem um esquema de acusação aqui e um mensalão ali, que todos sabemos, são pagos aos montes em qualquer casa política deste país, não haveriam eleições com esses manjados Sarneys, Magalhães e Jeffersons.
O que nos resta é ficarmos loucos, sem entender quem é quem, que partido serve para o que, se direita e esquerda ainda existem, enfim, sofrer com essa falta de direcionamento político e de posicionamento dos partidos. Mas não esqueçamos que no ano que vem, num belo domingo de sol, vamos acordar, ir ao colégio da esquina, procurar a zona eleitoral e votar em algum deles. Mas aguardem: lá por 2008, 2009 as forças subversivas de mau-gosto vão ressurgir e trazer consigo outros Valdomiros, Jeffersons e Roseanas.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

e eu me lembrava até, quando era pequenininha... ooops, pequenininha não, mais nova, hehehe, que tinha o partido da estrelinha. e lembro que achavam um absurdo minha tia gostar desse partido. mas isso, naquela época, quando gostar do partido de estrelinha, era ser um absurdo.
mas agora eu não sei mais o que é absurdo.
o que é absurdo pra vc, ã?
eu agora não sei mais de nada.
e juro que às vezes fico rindo sozinha de tudo isso que acontece nesse país.
a gente vê e ñ quer ver?
do tipo "pior cego é aquele que não quer ver?"
é. talvez.
e aqui? que desviam dinheiro da comida das crianças... é, crianças.
nunca tinha visto isso antes.

ah! já sei!
sabe o que é absurdo?
eu e meu pai e meu irmão e minha irmã e minha tia e minha vizinha e meu vizinho e vc e sua amiga e a prima dela também trabalhar feito louco, assando e comendo, ou bem capaz... comendo e assando, hahaha.

isso sim é absurdo.

mas ano que vem,
vou serena, porque também proibem da gente beber.
que é pra ter consciência do voto.

GLUP!

hehehehe
acho que escrevi demais.

beijos Diego.
boas pra ti...



e que seja doce, né?!
TOMARA QUE SIM! #)

3:07 PM  
Blogger D. said...

Pois é, Evinha. E o pior: a imprensa parece estar fazendo uma cruzada incrível contra a corrupção. Parece que vamos dizer "Acharam o miolo podre", mas miolo, casca, pão, forno, padaria e padeiro estão podres. Acho que o melhor é começarmos a viver como se eles não existissem e quando alguém falar sobre Brasília, a gente responde: BRASÍLIA? MAS O JK AINDA NÃO TIROU ISSO DA CABEÇA?
Beijo.

4:12 PM  
Anonymous Anônimo said...

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12:44 PM  

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