quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Lula é mais sortudo do que o Dunga


Assisti a um documentário hoje a tarde sobre um advogado. O filme vinha desde o AI-5 até a eleição do Luiz Inácio.
Em 1992, quando Fernando Afonso Collor de Mello renunciou à presidência da república, eu tinha onze e não achava nada daquilo. Adultos não pareciam se importar com política (eles nasceram na década de 50). Morava em Maceió, terra-natal de Collor. O que me recordo, quando faço força para isso, são opiniões divergentes, partidária e ideologicamente.
Collor cheio de acusações e vaias globais transmitidas ao vivo, foi julgado, saiu. O que vi hoje no documentário, e nunca havia percebido, foram as bandeiras do Partido dos Trabalhadores nos protestos dos então brejeiros "caras-pintadas". Sim, o petê era a imagem da mudança que poderia nos poupar da pobreza. Vindo do povo para o povo, Luiz Inácio reina sem a mesma graça, mas reina. Perdeu companheiros, não em vida, em pose. No impeachment o petê era o partido certo na hora certa, mas como é atrapalhado! Sim, Collor tinha culpa, queimou a presidência, logo ele, o primeiro da democracia.
Luiz Inácio está sujo, nem tanto quanto o petê, mas o povo nem se mexe porque não atrapalha a novela das oito. Convenhamos, esse tem tido mais sorte do que o Dunga.
Foto montagem do meu extinto blogue Feijão Com Arroz