terça-feira, 12 de abril de 2005

Um minuto de crítica

A educação formal, por muito tempo, seguiu um modelo que estava centrado em ensinar especificidades, conhecimento técnico gerado cientificamente sobre áreas de conhecimento específicas. A questão filósofica, "esquecida" desde a Revolução Industrial, não embasou mais as discussões de valores.

Temos então uma educação voltada a ensinar o mais do menos. Pode-se coloquialmente citar como exemplo a extrema preocupação, quase neurótica, com o ensino correto de dados como datas de acontecimentos históricos. Essa forma teve início no princípio do século XX, junto à já citada Revolução Industrial, e foi reforçada pela logo depois acontecida Primeira Guerra Mundial, seguindo até o fim dos anos 1980. Formou gerações de cientistas, especialistas que de uma forma ou de outra complementaram a especificidade dos estudos em suas áreas, gerando conhecimento balisador de áreas cada vez mais específicas de conhecimentos técnico e científico, alimentando a educação e o desenvolvimento humano.

A educação formal do século XXI começa, baseada na experiência de um novo modelo social, político e econômico de movimentação humana, a modificar-se para caminhar junto a evolução do conhecimento, que apesar de detentora de dados e informações incrivelmente sofisticados e específicos para a solução de problemas, dilemas e reveses humanos e da natureza, sofre com a falta de gente, lê-se peopleware, para acompanhar as consequências dessa formação infinita de possibilidades de novas realidades.

Moral da história: logo, logo, estaremos todos mortos e alguém terá de pensar tudo novamente.