segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Pão de queijo da Haddock Lobo


Ao tomar meu café da manhã no Pão de Queijo Haddock Lobo percebi que beleza é reviver. Sim, é bonito, muito mais do que na minha infância, mas não tem nada mais espetacular no pão de queijo do Tião do que minhas lembranças de criança ao entrar nesse pequeno recinto de balcão refrigerado com uma cesta de vime média em cima, coberta por um pano listrado azul e branco igual ao da minha roupa de cama. Existe muita coisa além do sabor do pão, tem muita memória nisso. E a sensação nítida de quando levo pessoas conhecidas para comer o melhor pão de queijo do mundo comigo é de que para elas não tem nada demais além de um ótimo lanche, mas percebi ontem que assim como eu, a maioria dos que ali entram, querem comer um pedaço de coisas que têm sabores de infância, namoro e outros momentos bons. Assim se constata facilmente não pela fome ou satisfação gástrica, mas pelos olhares e expressões faciais iguais a mim. Quem não entende vá domingo de manhã entre nove e dez e meia tomar um cafezinho e comer um pão de queijo, é na Haddock Lobo entre a Lorena e a Oscar Freire, do lado direito da rua de quem desce, um toldinho azul anuncia.

1 Comments:

Blogger Rafaella Marques said...

E é bem você mesmo Diego!Na última vez q. estive em SP, parei ali e lembrei do teu amor pelo pão de queijo que está realmente, além de qualquer sabor!
;)
bonitos textos!

4:42 PM  

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