O brasão de armas de Curitiba
Ontem ao ver o brasão de Curitiba em uma placa de obra da prefeitura percebi um traço do que não existe mais. A cidade fundada no século dezessete tem um brasão de armas normal com a simbologia das culturas agrícolas predominantes à época e algo típico, no caso hastes de trigo e um ramo de pâmpanos (pâmpano - s.m. Haste da videira coberta de folhas e de frutos.), ambos ao natural, e ao centro uma Araucaria angustifolia, ou Araucária, ou pinheiro-do-paraná. O que me deixou maravilhado foi que logo abaixo das faixas que mostram o nome "CURITIBA" ao centro e a data da fundação dividida em dia e mês de um lado e ano do outro aparece um pedaço do ramo de pâmpanos, sim, uvas sobram e invadem o brasão em abundância, parecem estar onde não poderiam.O design de logomarcas tem sido chato com letras retas, iniciais minúsculas, cores quentes de um lado, cores frias do outro, não se vêem mais marcas como a do Prêmio Colunistas, tudo é reto, seco, com fim, simples de ser desenhado, copiado, imitado, reproduzido, 'muito mais prático' me diria um gerente de marketing, mas e a graça? Usemos Corel Draw e Photoshop então, esses copiam e colam tudo que o ser humano pode ver. As uvas que sobram no brasão de Curitiba lembram o tempo que não existia clipart e se gastava tempo discutindo detalhes, aqui de um símbolo, porque na vida essas coisas podem durar tempo, no caso do brasão de armas de Curitiba, são trezentos e quinze anos para trás, e mais para frente.


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