terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Os advogados e línguas estrangeiras

Não acredito na separação entre o homem que trabalha e o homem que vive, o homem que vive é o que trabalha e vice-versa.

Há quem diga que advogado tem que falar inglês, que não existe advogado se não souber inglês, há quem discorde. Eu concordo. Um amigo contou que uma colega formada em direito não vê a necessidade de o jurista conhecer ou dominar qualquer língua estrangeira. Há uns anos nos Estados Unidos conheci uma família pernambucana na qual a matriarca, destacadamente matriarca, era muitíssimo elegante, simpática e falava um inglês fluente com leve sotaque britânico, perguntei da origem do sotaque: "Escola britânica do Crato". Era juíza a senhora. E não pode haver separação entre a juíza da vigésima terceira vara do Recife e a turista que fazia os pedidos na lanchonete em que eu atendia com a desenvoltura de uma nativa da língua inglesa.
Tenho parente advogado, e dos bons, bom mesmo, desses que tratam com empresários e advogados internacionais, um homem de muita classe e ao que me consta fala inglês, alemão, espanhol e o português, é claro. Sempre me deparo com os exemplos dos outros, e deles são feitos os meus exemplos, percebo que nada vale a opinião sobre um assunto qualquer quando se essa parece mais um pensamento vago, enfim essa é só mais uma opinião. Até acho que faz bem falar inglês.

1 Comments:

Blogger Felipe Valério said...

Opa, Diego! Acredito que essa separação entre o homem "informal" e o personagem profissional que encenamos (ou seria o contrário?) somente existe na casca. Os vários perfis de cada um são fruto de um mesmo conhecimento, mesmo que separados por gravatas sufocantes ou sungas azul de metileno.

Claro que a seqüência de acontecimentos cotidianos cambaleia nosso senso para os neurônios que realmente importam. Mesmo assim, confiar nosso aprendizado ao ritmo ou exigência profissionais é no mínimo caótico.

Steve Jobs disse certa vez (não, não sei em qual delas) que "todo aprendizado um dia faz sentido". Acho que se não fizer é porque, na verdade, nunca chegamos a aprender.

Abraço!

4:10 PM  

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