segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bonito por natureza

A edição da revista Época Negócios de dezembro publica o crescimento dos negócios nas classes C e D. Luiz Inácio, como diz um amigo meu "a nossa versão do Forrest Gump", estava certo, a crise que parecia uma onda colossal, virou marola no Brasil. Mas não nos enganemos, isso não é mérito somente do Governo, aliás, não é. A vida das classes C e D melhorou substancialmente por diversos motivos, dentre eles os programas assistenciais lulistas, que na realidade nasceram no governo FHC, mas isso é assunto para outra hora.
Vi um conhecido falir na Itália há seis meses, o motivo é simples: ele dependia de crédito para comprar, alimentar a produção, entregar para os clientes e financiar as vendas, ou seja, da compra até a venda, sua operação dependia de crédito para ser do tamanho que era. Sem crédito, teve de parar. O que aconteceu com os detentores de capital sobreviventes? Voltaram seus olhos para os países emergentes, com suas classes mais pobres comprando mais pela onda de crescimento dos últimos anos que trouxe muito dinheiro a esse grupo de economias, deixando a economia mais transparente, complexa (no bom sentido) e confiável. Assim, um pedaço grande do crédito que não circulava mais na Europa e nos Estados Unidos vem nos visitar em fevereiro e fica. Não devemos nos enganar, Copa do Mundo e Olimpíadas não são méritos de quem é bonito por natureza, mas de quem tem grau de investimento.
Os méritos pouca importam, o que se deve discutir nesse momento é a forma como aproveitar a onda emergente e estável da economia, momento jamais vivido pelo Brasil. Devemos correr para "enriquecermos antes de envelhecermos", como profetiza Delfim Neto. A verdade mesmo é que só seguiremos de emergentes para desenvolvidos caso houver novos negócios emergindo, é necessário empreender e incentivar o empreendedor, pois oportunidades não faltam.

1 Comments:

Blogger Adeodato Volpi Netto said...

Diego,
Realmente nos faremos uma potência empreendendo. Em educação, cultura (em seu sentido mais amplo) e depois disso, e até como consequencia na moralização. Sair da inércia é o primeiro passo. Há uma frase que eu adoro que é atribuída a Thomas Edison: "Um grande parte das pessoas que fracassam, são aquelas que não percebem quão perto estão de conseguir".
É isso aí amigo...
Mãos à obra
Forte abraço

6:00 PM  

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