sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Atentado ao Charlie Hebdo. O problema é a religião?

Seria se fossemos apenas chatos-de-galochas discutindo sobre crenças opostas ou distantes. Seria se somente discutíssemos.

Quando o primeiro sacana resolveu relacionar religião e discussão territorial, por exemplo, dizendo que essa terra é minha conforme a vontade de algum deus, a religião virou uma coitada no meio de tudo. Vê-se isso hoje, claramente no islamismo e com a “islamofobia”. Fobia já vivida por judeus e cristãos em outros tempos. 

Também não se pode atribuir essas fobias às generalizações. Esses medos são frutos do fato que relacionam religião e problema. Atualmente terrorismo e islamismo, outrora, em outros formatos contraventores com judaísmo e cristianismo.

A maioria do Islã é contra o terrorismo, segundo estudo do Pew Research Center de 28/05/2013. Assim como contra os castigos da sharia. Enquanto isso no Paquistão e Egito segue-se apedrejando mulheres adúlteras. São fatos. Geográficos, sociais e políticos. Não religiosos.

Quem mata em nome de algum deus é minoria, mas espirra a maioria de sangue e exclui seus colegas.

Imaginar os rituais de exorcismo transmitidos ao vivo por canais evangélicos no Brasil sendo substituídos por discursos de ódio é um exercício interessante. Outros cristãos pagariam por isso com preconceito, e o problema não é de ninguém.