sexta-feira, 25 de abril de 2008

Yes! Nós temos banana, água e petróleo

Esta semana estive em Maceió com um amigo que participa de um movimento local pela busca da recuperação da identidade pública alagoana. Me dizia veemente que acredita no estado. Assim como ele outro amigo acaba de abrir uma agência de publicidade que trabalha com conceitos novos na propaganda, em sua forma de vender, criar e melhor, cobrar menos do cliente entregando mais resultados.
Há quem não aposte no Brasil, e destes a maioria são brasileiros. Não sou simpático ao Lula nem mesmo à postura do governo e oposição atuais, acontece que a economia mostra que a trinca FHC-Lula-Brasil deu certo e vai caminhar de forma positiva nos próximos dez ou vinte anos, podendo levar, com baixíssimas chances de fracasso, o Brasil ao grupo dos países desenvolvidos. Os desafios são muitos, claro, mas o crescimento do fluxo de capital no país impulsiona e gera uma série de consequências. Tenho plena convicção em meu otimismo e vejo que reformas acontecerão por pressão dos meios produtivos e demais agentes econômicos, até mesmo com um certo protecionismo, que caracteriza alguns períodos da história dos Estados Unidos e da Inglaterra, por exemplo.
Cresce demanda, cresce produção, cresce renda, crescem investimentos de origens interna e externa. Um vídeo da UKTI (United Kingdom Trade & Investment) mostra que São Paulo é hoje uma "ilha" com o PIB maior que o Kwait e o Egito. E até parece ufanismo, mas vêm de fora a atenção e a credibilidade crescentes no país apesar dos pesares. Inevitavelmente será levando quem entrar no barco que se darão as grande modificações na economia brasileira e isso em conjunto com a entrada cada vez mais intensa de capital, ocasionada pelo já citado bom momento e por fatores externos, que passam a representar oportunidades locais, como a presente desaceleração da economia americana.
O crescimento dos BRICs e a abundância de recursos naturais do Brasil nos obriga a redefinir as políticas sociais, como escrevi antes, forçará reformas para a criação de competitividade fronte a oportunidades e ambiente para um desenvolvimento perene.
Tenho me dedicado a analisar e escrever sobre a crescente exploração da imprensa sobre os BRICs. Em todas as matérias, artigos, notícias e fóruns desde The Economist passando pela Folha de S. Paulo, Exame, Veja, Caros Amigos e até Wall Street Journal e The Guardian, ou seja, revistas, jornais e sites especializados ou não em economia e negócios, não existiu um caso sequer que não apostasse no Brasil, em um ou outro, se discutia sobre as drásticas mudanças que deveriam acontecer junto ao desenvolvimento para que esse seja completo e beneficie o país da melhor forma possível.
O desfecho disso é líquido e certo como um título de renda fixa vitalício.
Foto: Monges budistas assistem um documentário sobre o Dalai Lama no jardim do Monastério de Kopan. Emilio Morenatti /AP