Tem me comovido a mobilização da imprensa em torno do “escândalo” corporativo que envolve o líder do Banco Mundial (Bird), Paul Wolfowitz, e sua namorada Shana Riza. O Bird investiga se houve envolvimento do seu líder na transferência da namorada para o Departamento de Estado dos EUA, a mesma teria sido seguida de um aumento de salário, o que viria a ferir os padrões de governança corporativa adotados pelo banco.
Como ex-estudante de administração e hoje inserido no mercado corporativo, entusiasta dos padrões de governança corporativa existentes, me pergunto, o que há de tão magnífico nesse acontecimento que não possa ser investigado como um outro caso corporativo qualquer. Acabo sendo companheiro de meu pai quando ele prefere não ligar a televisão e fica a ler seus romances, livros de História e HQ’s de faroeste. Com tamanha seriedade no mundo e tanta transparência, me parece que até a coitada da governança sofre com a síndrome do BigBrother.