quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tunísia, mais um emergente?


Novas formas econômicas vêm se tornando visíveis, com derivações distintas. Com o momento de crise econômica global com efeitos previamente desconhecidos, mas agora mais claramente definidos como os de qualquer outra crise econômica já ocorrida, parece facilitar a vida dos economistas em sua missão de nos salvar do caos.


Como animais que somos, buscamos escapar desesperadamente do desconforto da incerteza sobre nossa existência, assim se torna clara a busca por algo novo no que se trata das relações sociais e econômicas, ou seja, como estabelecemos e conduzimos novos e antigos negócios.


Há anos se vê um movimento de empresas transferindo seus call-centers para países emergentes, o que é novidade são os pólos de conhecimento nascentes em países nada conhecidos como a Tunísia, o país mais aberto do Mundo Árabe, assim considerado pelo Fórum Econômico Mundial de 2008 ocorrido na África. A Tunísia vem demonstrar que algo completamente novo cresce, e leva empresas e governos de países "esquecidos" a inovarem conforme suas capacidades de investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento, dessa forma, em pequenas doses, porém impactam com proporções variáveis em economias desenvolvidas, neste caso, a França, que perde investimentos de suas próprias empresas para países como esse que comumente tem mão-de-obra tão qualificada quanto, falando francês e bem mais barata.


Foto: Céu de Tunis, capital da Tunísia. Fonte: Wikipedia.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Tudo que é vivo, nasce, cresce e morre

Todos os modelos de administração de marketing e os exemplos práticos mostram que produtos, empresas e marcas têm seu período de crescimento, maturidade e declínio. Barack Obama parece querer aplicar isso aos Estados Unidos, que vê sua hegemonia cada vez mais ameaçada. A clara demonstração disso vem desde sua candidatura à presidência, mostrando que escutar o mundo é crucial nessa questão. Um de seus maiores, se não o maior interesse, é de realmente melhorar as relações dos EUA e do Mundo Árabe, e isso é demonstrado cada vez mais de forma prática.
Obama está em viagem oficial a diversos países árabes nos últimos dias, e em seu discurso hoje no Cairo, capital do Egito, falou sem medo de palavras como "preconceito". Ingenuamente penso que esse é um bom começo, mas de boa intenção a casa do caramujo está cheia.
O que realmente me chamou a atenção nesses últimos dias foi o pronunciamento de Osama Bin Laden sobre a viagem do homem mais poderoso do mundo às terras de Mohammed. Osama está longe de ser um ídolo meu, mas sempre foi um exemplo de aderência a seus ideais. Mostrou pela primeira vez o enfraquecimento de sua postura como líder extremista. Bin Laden é daqueles que diz uma vez e não se contradiz, e não é de contradição que escrevo é do discurso fora de contexto, no qual pela primeira vez fica claro, até aos olhares dos mais ignorantes em política mundial, que o único e verdadeiro interesse é seu, próprio, individual. Para ele, Obama está seguindo os passos de Bush. Esse último um prato cheio para as operações do líder terrorista. Colocar Obama na mesma posição de seu antecessor é descabido. Bin Laden, desconexo e sem posicionamento, se vê obrigado a defender alguma fortuna que poucos sabem o real valor, se apavora ao ver que pela primeira vez na História, um presidente norte-americano demonstra a real intenção de destruir as barreiras entre judeus-cristãos e muçulmanos, que conforme provam as taxas de natalidade, será o maior credo até o fim do século XXI.
A real "jihad" de Bin Laden é por sua sobrevivência e da milícia armada que criou para comercializar bilhões de dólares por ano em armamento pesado por diversos países. Onze de setembro foi o seu maior investimento, que como conseqüência levou Bush ao Afeganistão e de brinde ao Iraque, assim vende armas aos resistentes rebeldes em todos os países, tendo sobra de fluxo de caixa para financiar ataques esporádicos como o de Madri, que infla os nacionalistas de amor à pátria e leva milhares de soldados a invasões sangrentas, injustas e aparentemente sem fim. Toda liderança deve se remodelar, todo modelo deve ser reinventado para perdurar, Bin Laden não foi à escola nesse dia.