VARAL de 17 de julho de 2008

Na hora do varal
Fica todo mundo igual
Não tem classe social
Para esse ritual

Cueca, camisa e bermuda
Varal nunca muda
Sempre tem uma cara bicuda
Se esticando à vara pontuda

Quando faz sol
Vejo roupas com e sem limpol
De seda, chita ou tecido couchenol
Uma com estampa de flor e outra de um rouxinol

Sem pressa de secar
O sol tem que quarar
Todos os panos de limpar
E tudo bem branco ficar

A crueldade humana

Na derrota do Fluminense para la Liga Desportiva Universitária (LDU) do Equador pela Taça Libertadores, na finalíssima inclusive, descobri que a torcida do Flamengo havia criado a "LDU Urubú". Lembrei então da torcida colorada que se uniu em defesa do holandês Ajax que derrotou o Grêmio na também finalíssima, só que do Mundial Interclubes em 1995, bem mais doloroso.

Não sou torcedor do Fluminense, mas fiquei impressionado com essa torcida flamengo-equatoriana, ela é a demonstração mais clara da crueldade humana, mostra a nossa mais profunda maldade. Em uma guerra contemporânea isso não é mais tolerado, a ética de guerras criada por Napoleão e atualmente sustentada pela ONU, não permitiria uma coisa dessas. Não basta ver o meu time ganhar, tenho que ver o adversário perder, sofrer e o pior, rir desse sofrimento. Muito lúdico, muito humano.