sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Poeminha da insegurança de 29 de dezembro de 2006

Com este governo de Araki
Não vai dar
O Brasil vai virar o Iraque
E o Rio, Bagdá

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Quando ningúem tem culpa

Ontem perdi um dia zanzando pelos aeroportos do Brasil. Comprei uma passagem de um vôo que saía de Curitiba às 7h30 da manhã e chegaria em Maceió às 11h40 da manhã. Cheguei no aeroporto às 5h por minha conta e risco. Fui atendido no balcão na hora que meu vôo deveria sair de Curitiba.
Tive a sensação de que os guichês da TAM atendiam lentamente de propósito, mas sem saber o porquê. Uma situação caótica e sem explicação que se agrava a cada hora que passa e os atrasos, como uma reação em cadeia, se multiplicam. Meu vôo de conexão para Maceió havia sofrido "overbooking", ou seja, eu perdi o vôo e conseqüentemente teria um atraso pior do que o terrível atraso que já sofreria com o vôo em que deveria viajar originalmente.
Observando percebi que a fila do check-in deveria andar mais rápido, mas eram poucos os guichês cheios de atendentes, ou seja, o terminal dispunha de pouco espaço para tantos passageiros e pior, para tantos funcionários da TAM. Como tudo no Brasil, ficar procurando a culpa sempre foi nossa melhor solução, e assim se comporta o governo federal. Culpou a TAM e cedeu aviões da FAB para transportar clientes da "culpada", que segundo um despachante do aeroporto de Brasília (onde estive por horas), parece um assunto proibido nos bastidores dos aeroportos.
O governo ordenou que a TAM parasse de vender passagens. Como pode uma empresa querer crescer sem expandir sua operação? Sem aumentar seu faturamento? Alguns aviões da companhia estão parados em São Paulo aguardando uma manutenção inesperada no pior período do ano para reduzir frota, o Natal e o início das férias de verão. Só que o buraco é mais embaixo: o caos nos aeroportos é mais um exemplo do resultado do investimento pífio que o Brasil vem fazendo em infra-estutura. Em Curitiba, por exemplo, foram construídas mais de 10 fábricas grandes nos últimos 10 anos na região da Cidade Industrial e as estradas que escoam essa produção são as mesmas há muito tempo, as escolas que educam os futuros empregados dessas indústrias perdem vagas anualmente por se consumirem com o tempo sem reformas básicas. O Brasil está inchado, quer crescer, mas a imobilidade política atrasa todos os setores da economia.
Se existe alguém culpado em me fazer perder o sábado, não é a TAM, mas a nação que aceita essa vergonha que prioriza superávit fiscal ao invés de investir em taxas de crescimento que poderiam acompanhar as da China, mas mal e mal ultrapassam as do Haiti.

domingo, 17 de dezembro de 2006

Todo ano é assim: o Papai Noel com a mais cruel propaganda capitalista disputa espaço com os Três Reis Magos.
O artigo de Paulo Francis reafirma minha idéia de que dentro de 50 anos, quando, segundo previsão do governo britânico, todas as geleiras do Ártico estarão derretidas, teremos dúvidas relacionadas ao real sistema em que vivemos, será ele destruidor de si mesmo, como são todos os outros processos ou será realmente essa forte máquina que move a humanidade desde que Alexandre da Macedônia morreu? Sei que, como me disse Kasper dia desses sobre a escassez de água, o scotch não pode faltar.


"A desimportância da liberdade nos países capitalistas como os EUA é um tema freqüente, da melhor literatura marxista (que se faz, não acidentalmente, em nações capitalistas livres, EUA, Inglaterra, França e Bélgica) à propaganda stalinista, com a qual não perderei tempo. Os marxistas alegam que essa liberdade é contida dentro de certos limites, que não afetam o controle dos meios de produção e o chamado Governo Permanente (os grupos econômicos dominantes), que transcende partidos ou nuanças ideológicas (a referência aí é aos EUA, em que não existe força política organizada que vise a derrubar o sistema, havendo apenas diferenças de opinião quanto à maneira de administrá-lo). Liberdade também permitida, pois caso se torne ameaçadora, será cerceada. E, descendo a miúdos, se o jornal do capitalismo, depende obviamente deste para sobreviver (o que seria do New York Times sem anúncios), logicamente não vai propor destruí-lo."
http://www.paulofrancis.com/main/popups/artigos/a1.htm

domingo, 10 de dezembro de 2006

O pai disse ao filho resigno/
"Quem não acredita em horóscopo, meu filho.
Não sabe nem o próprio signo".