quarta-feira, 13 de maio de 2015

Bebês choram em público

Já passava das 18h num ônibus lotado em Berlim, paramos num ponto e uma mãe entra com uma criança de colo, não tinha mais de um ano. Logo que a viagem recomeça, o bebê choraminga e logo dispara a chorar em alto volume. A mãe nervosa em tentar acalma-la me impressiona. Passado um minuto ou menos uma senhora pede falando mais alto do que o choro, que a mãe faça a criança ficar em silêncio, a mãe responde já brava com a intervenção que é impossível um bebê daquele tamanho entender que não deveria chorar ali.

Essa cena comum, porém sempre incômoda, é um verdadeiro tabu. Mães devem fazer seus filhos pararem de chorar em locais públicos, ônibus e aviões? Eu acho que não.

A prova de que isso é um tabu e polêmico é a foto que virou viral publicada hoje no Facebook da cena do professor Sydney Engelberg na Universidade de Gratz em Jerusalém, Israel, com o bebê de uma aluna em seu colo. A história é simples. A mãe do bebê teve de leva-lo a aula, então ele começa a chorar. O professor incomodado com o choro, ao invés de pedir que a mãe saísse da sala com o bebê que chorava e atrapalhava, pegou o bebê e tentou acalma-lo. De uma maneira empática, resolveu o problema do barulho e ao mesmo tempo continuou dando sua aula para todos, inclusive a mãe desse bebê.

O “tabu” do choro do bebê é um problema inédito para quem não tem ou não teve um filho pequeno. Talvez imaginar que um dia já se foi um bebê chorão facilite a compreensão e mantenha mamãe, papai e filhinho tranquilos, convivendo harmoniosamente no ambiente em que estão. Você já chorou, seu filho vai chorar e não há o que fazer. Entre um bebê chorão e um adulto reclamão, fico com o primeiro.