quinta-feira, 26 de maio de 2005

PAX

Depois de Bush ficou mais do que provado que qualquer acordo de paz está para lá de Bagdá.

quarta-feira, 25 de maio de 2005

Eu juro que vi.

Eu sei que vocês todos vão pensar que é mentira, mas eu juro que vi ontem, em uma prateleira da lanchonete da universidade um saco de batatinhas fritas com sabor "espetinho de camarão". Eu juro que vi. Se alguém duvidar, me procura, eu levo o Tomé até lá.

sexta-feira, 20 de maio de 2005

Show à Americana

A prisão do ex-presidente iraquiano Sadam Hussein em 2003 foi aquele show à Americana.
O que concluo é que liberdade não existe mesmo. É uma perda de tempo discutir a tal, não é sustentável, muito menos provável e nunca paupável.
Vejam que é cheio de paradoxos o tempo em que vivemos: o ditador iraquiano que massacrou a vida dos iraquianos em prol da sua própria vontade e dos seus poços foi perseguido e derrotado pelo presidente dos Estados Unidos, que governa em prol da sua própria vontade e dos seus poços.
Agora está lá Hussein, preso e sitiado onde sempre foi o senhor de todas as coisas, em uma cadeia vigiada por soldados que viviam in a free country e agora foram convocados para uma guerra que duraria pouco até serem encontradas as armas químicas que nunca existiram.
Acordo e leio na Folha de S. Paulo que foram divulgadas ontem, na capa do tablóide inglês "The Sun" fotos de Hussein só de cueca. Mais um à Americana comprova que não existe tempo perdido para, como diz um amigo meu, quem tem nas mãos um video game chamado "World".

Ditadura

Psiu: SEXO! SEXO! SEXO!
MAS: NÃO PODE, NÃO PODE PENSAR!

[Lógica de quem manda pensar]

quarta-feira, 18 de maio de 2005

Universo em mono - número 2

Quarto. Tênis. Meias. Camiseta. Calças. Cueca. Coceira. Sala. Copa. Cozinha. Pátio. Corrida. Varal. Toalha. Corrida. Cozinha. Copa. Sala. Quarto. Coceira. Torneira. Chuveiro. Tampas. Xixi. Descarga. Água. Sabonete. Xampu. Água. Torneira. Toalha. Assovio. Cueca. Bermuda. Camiseta. Meias. Tênis. Sala. Copa. Cozinha. Pátio. Varal. Cozinha. Copa. Sala. Chaves. Rua.

terça-feira, 17 de maio de 2005

Excessos+rótulos

Um trabalha das oito da manhã as oito da noite. Tem carro, apartamento, casa de praia, mulher e filhos. Há um mês procurou a ajuda especializada de um psiquiatra. Está patologicamente estressado.

Outro não trabalha nunca. Não tem nada. É cliente de cabaré. Há um mês procurou a ajuda especializada de um psiquiatra. Está patologicamente depressivo.

segunda-feira, 16 de maio de 2005

Assinale a alternativa correta

1) O pior cego é aquele que:

a) não quer ver.
b) não quer fechar os olhos na hora em que passa o xampu nos cabelos.
c) não é cego e fica ali na frente do Chalé da Praça XV.
d) N.D. A (Nenhuma das Alternativas).

sexta-feira, 13 de maio de 2005

Universo em mono

Sol. Grama. Criança. Bola. Tombo. Choro. Mercúrio. Cromo. Como? Cromo. Arde? Assopro. Grama. Bola. Grito. Bife. Uva. Livro. Pão. Tevê. Banho. Cama. Abajur. Sono. Escuro.

quinta-feira, 12 de maio de 2005

Novo adjetivo ao dicionário

Bushiano

Acepções
adjetivo
1 relativo a George Walker Bush (06/07/1946 - estadista norte-americano, 43° presidente dos Estados Unidos da América) ou à sua postura;
2 relativo aos atos e às ações político-econômicas influenciados por George Walker Bush; Exs.: "discurso bushiano"; "postura bushiana";
3 que é fundamentado no estabelecimento de um antidiálogo entre o opressor e o oprimido (diz-se de método autoritário us. pelo estadista norte-americano George Walker Bush); como a teoria cínica de Washington D.C., EUA.
adjetivo e substantivo masculino
4 partidário ou admirador das idéias de George Walker Bush;
5 m.q. bushista;
Etimologia
Inglês. Bush,a,um 'Bush', arbusto inútil, der. do gr. bósha,ê,on 'id.';
Sinônimos
como substantivo qualificado.: ignorância opressora;

quarta-feira, 11 de maio de 2005

Depois do almoço

Quarta-feira, fria, ensolarada.
Depois de um almoço solitário sentou-se na cadeira de balanço acolchoada e dormiu sem notar. A tevê estava ligada em algum canal europeu e o relógio que avisava a tantos só avisa a ela.
Um choro reprimido pelo medo da loucura, uma voz cansada e um telefonema para alguém que não lhe pode vender nada.
Saudade daquele que lhe amou tanto e lhe disse tantas coisas. Morte.
À mesa da sala uma toalha de crochê, um cristal pesado, maçãs vermelhas e verdes na cozinha, tudo esperando pessoas que não chegam, não existem mais. Apesar de que, estão vivas.

terça-feira, 10 de maio de 2005

Nem tudo são pixels

Estive no último fim de semana em uma feira de artesanato internacional. Eram muitos estandes de estados brasileiros, países da América do Sul, Europa e Ásia. Eu cheguei ao pavilhão da feira e dei de cara com um absurdo, era um comerciante de Hong Kong que trouxe vasos enormes de porcelana chinesa para vender em Curitiba numa feira mal divulgada em um tempo que se pode comprar tudo em sites velozes com um cartão de crédito em meio a uma variedade incrível e com a melhor das vantagens contemporâneas: sem sair de casa.
Andando pasmo com aquele absurdo, deparei-me com um estande de Murano, cidade italiana vizinha a Veneza conhecida pela arte em vidro. Lindos bibelôs. O que também se compra com facilidade pela web. Mas lá eu caí na real. De uma foto ampliada de um artesão muranês foi feito um pôster com um escrito ao lado: NO-GLOBAL. O layout lembrava uma propaganda da IBM, mas era uma antipropaganda, um sinal, um aviso para o meu cérebro parar e usar o fosfato para outra coisa que não fosse o desperdício em procedimentos de e-commerce para um tipo de bem que não tem a menor graça vendido e comprado em uma "loja" à WWW.
O artesão é global, mas não desses como eu.
Por isso fique sentado à frente dessa tela, comandando o mundo com um teclado e um mouse e esqueça que nem tudo na vida são pixels.

segunda-feira, 9 de maio de 2005

Mundo pequeno

E disse o mocinho:
- Cara, eu fico impressionado! Como o mundo é pequeno! Sempre acabo dando esmola para o mesmo pedinte e comida para o mesmo mendigo.

quinta-feira, 5 de maio de 2005

Salve sua pele!

Li ontem no caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo "O show de horrores nos colégios de elite", do Marcelo Coelho. Destruição crítica de primeiríssima qualidade.

Identifiquei-me porque há algum tempo, e pouco tempo faz que saí do ensino médio, venho me preocupando com a deformação dele, e o pior, do ensino médio privado, caro e chamado de melhor, mas tudo bem, até porque para ser chamado de melhor basta ter piores em comparação. Por isso muito cuidado na hora de classificar as coisas que parecem ser boas no Brasil.
Lembro que há alguns meses vi um outdoor aqui em Curitiba com uma linda morena com aquele "sorriso amarelo" e comercial vestindo uma camiseta que dizia: SALVE SUA PELE! Era uma propaganda de escola. Direcionamento estratégico típico de uma empresa que pensa assim e não quer formar ninguém, quer vender um diploma classificado como melhor.
Voltando ao texto do Marcelo Coelho, creio que nenhuma dessas escolas “incríveis”, com carapuças sob medida, terá mudanças em diretrizes ou planos de atuação nos negócios. Porque vendem, acreditam que são boas e são alimentadas por vestibulares dificílimos que testam candidatos supertreinados para entrarem em universidades caquéticas. Massa crítica? Para que? Parando para pensar no que teremos, e isso é com toda a certeza, sem muito esforço, em uma perspectiva bem pensada ou bem projetada, é uma classe profissional medíocre do ponto de vista humano, social e conseqüentemente (pasmem) econômico. Desenvolvimento? Pelo amor dos nossos filhos! Que modelo de educação é esse? Privado e ao mesmo tempo burro. Para quem não paga é um vazio, para quem paga é um caminho sem volta, uma formação básica de uma sociedade sem base crítica e filosófica, repito: essa é a paga, a privada, a melhor e, no jornal, a que mais aprova.
Onde vão chegar? Com quem vão competir? Globalizados? Caso fizermos a comparação de um jovem "formado" no ensino médio privado brasileiro, que visa a massa aprovada no vestibular e custa caro, a um jovem, espanhol que seja, formado pelo ensino médio público espanhol, teremos uma lacuna que nos afasta de qualquer modelo globalizado de cooperação, interação, conexão, comercialização e do tal desenvolvimento. Enquanto acreditarmos que essa idiotice que esse tipo de empresa ou de gente está desenvolvendo é alguma forma de concorrência ou competição pelo desenvolvimento pessoal e profissional, não vai ter USP ou ITA que nos salve a pele.
Ah! Um amigo meu, o Zé, um gaiato aí, me disse um dia desses que lá no ITA eles fazem projeto de míssel. Vê se pode, esse Zé?!

terça-feira, 3 de maio de 2005

Sem título de 03 de maio de 2005

Fui eu que fiz esta canção
Porque quis ninar essa mulher
Está acordada até então
E ainda diz que não me quer