quinta-feira, 9 de abril de 2009

Lei antifumo?

Eu não fumo, ninguém da minha família fuma, poucos dos meus amigos fumam e acho o cigarro terrível pelos tipos de doenças que causa. Mas a "lei antifumo" de São Paulo é na realidade uma "lei antifumante" e isso não está certo.

A lei faz parte de um grande movimento global contra o tabagismo, mas a lei que proíbe o fumante de fumar em locais fechados, até mesmo nos "fumódromos", restringe o trânsito de fumantes nos seus locais de trabalho e nos lugares preferidos de sua diversão, isso reduz a nada o seu direito de ir e vir como é, um consumidor viciado em nicotina. Ninguém nasce fumando, é uma opção que vicia. A educação básica, quase inexistente no Brasil, não ensina os malefícios do tabaco e outras substâncias, começar por aí, pelo jeito, dá muito mais trabalho.

Engana-se quem acha que a lei quer beneficiar os fumantes passivos a voltarem para casa com suas roupinhas cheirosas e não morrerem de câncer porque existe um ser malígno a pitar ao seu lado. A lei quer reduzir a pó o consumo de tabaco, mas problemas não se resolvem assim, o que virou moda no Brasil desde a lei da "Cidade Limpa" em São Paulo. Incapaz de fiscalizar e regulamentar, o Estado simplesmente proíbe, em um tom quase totalitário.

Coitada da democracia.