quinta-feira, 31 de março de 2005

O dinheiro de mentirinha

Pensemos juntos: o dinheiro que foi inventado em forma de moedas de metal e de cédulas de papel tinha equivalência de valor a alguma riqueza, algum correspondente físico, normalmente em forma de barras de ouro de posse de um banco central ou um tesouro nacional administrados pelo Estado, ou seja, a circulação de capital e dos recursos era conhecida, controlada e determinada pela quantidade de riquezas tangíveis existentes e disponíveis para compra, venda e troca.

O acúmulo dessa equivalência ou dessa riqueza física era a determinante da riqueza.

Tudo isso era determinado pela teoria econômica dos bens finitos, a teoria da escassez, que construiu toda a linha de pensamento contabilista.
Em meados do século passado as empresas passaram a valer mais que seu próprio patrimônio, agora o valor não era mais equivalente à riqueza física que essas empresas tinham como detenção de bens patrimoniais tangíveis, mas à capacidade que têm de gerar uma riqueza potencial que cresce exponencialmente junto com a sua capacidade de gerar soluções, consumo, desejos e novas necessidades de mercado. O que acaba por invalidar o valor patrimonial auferido pelo balanço patrimonial de riqueza tangível e física de uma empresa. É abstraído de forma positiva o valor potencial, chamado também de virtual de um patrimônio que existe apenas em números e não em equivalência patrimonial de bens tangíveis ou físicos disponíveis e existentes na realidade. São apenas números determinados por valores atribuídos a uma potencialidade de geração de novas riquezas na sua maioria também intangíveis.

A Netscape, empresa que nos anos noventa inventou o navegador da web Netscape Navigator, quando entrou com seu capital aberto na bolsa eletrônica Nasdaq vendeu suas ações por um valor cento e setenta e seis vezes maior que o valor de seu patrimônio líquido em balanço patrimonial.
Tudo isso é para resumir e explicar que a maior parte do capital circulante entre bancos, grande corporações, países, consumidores e empresas em geral é DINHEIRO DE MENTIRINHA.

quarta-feira, 30 de março de 2005

Dinâmica do salão de beleza

A cabelereira tentou ser, e foi, íntima.
Eu tentei ser, e fui, descolado.
A minha mãe tentou ser, e foi, severa.
Eu ouvi, tentei ser, e fui, besta.

Sem título de 21/03/2005

De olhos distante
sou eu quem falo assim
fico pensando em coisas
sonhando com pedaços em mim
não quero gostar de mentir
mas sinto saudade de sim
teu cheiro é mais inverno
que o verão que alimentou um dia

Fico parado ao dia
sem ver a pena lougrar
a verte de um sonho longínquo
que não perde a saudade de por um beijo na nuca esperar.

terça-feira, 29 de março de 2005

I don't think so.

Não acredito nesse papo furado de mentir e sair correndo com medo de si mesmo. Quando se mente, se trai a maior virtude que é falar a verdade sempre. Apesar de que a verdade a toda hora acaba deformando o maniqueísmo oculto.

segunda-feira, 28 de março de 2005

Verdade dela

Na esquina ela apareceu e me contou a verdadeira história de vida da sua mãe. Era uma mulher jovem quando nasceu. Cresceu sem ver a família porque herdou a coisa de ser bastarda. Nunca acreditou em paz nem em discórdia, o mundo ricocheteia nela. Tem uma cara de personagem de Laranja Mecânica e quando não sabe, não entende "faz aquela cara de paisagem". É foda.

domingo, 27 de março de 2005

Mil Ao Contrário

Mil Ao Contrário é meu blog de número dois.
O de número um era o Feijão Com Arroz, mas ele sumiu. Sumiu mesmo.
Aqui vou continuar o que não parei e quero ter essas páginas cheias do que eu penso e eu ficar cheio de pensar nessas coisas.
É isso.