Ode ao trabalho

Acho uma cretinice o amor sem fim ao trabalho, dou exclusividade para minha matogrossense de pernas compridas. O trabalho por mais lúdico e íntimo que seja tem seu momento de nojo. As conquistas através dele, a forma como ele salva, a intensidade e curiosidade com que se viveu e o sabor que existe em sua lembrança fazem do trabalhador um vivente, um Van Gogh antes de cortar a própria orelha.
Foto: Fotógrafos se aglomeram na entrada para a premiére de "Blindness" no festival de Cannes 2008 - Valery Hache/AFP.