quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Política começa em casa


Vemos hoje um cenário democrático triste e movido pela politicagem em que dois lados vendem seus discursos em nome do poder. Não há mais interesse algum em qualquer tipo de ideologia ou princípio, e o pior, o ser humano fica em último lugar.

Defenderam, lutaram, foram presos, torturados, perseguidos, renegados, humilhados e hoje são tudo aquilo que condenaram um dia. Autoritários, mentirosos, censuristas, consumidores de ideologia pura e por aí vai.

Uma democracia tem em sua alta classe, a elite maior, os políticos, membros quase sábios que governam, ou seja, direcionam, guiam a sociedade em direção a um caminho melhor. Em prol de seus cidadãos. É extremamente difícil mediar discussões entre esquerda e direita, tratar igualitariamente ricos e pobres, tanto na saúde, quanto na educação e principalmente na justiça, bem por isso existe um governo formado por essa elite escolhida, eleita, pelo seu povo. E o que temos hoje? Absolutamente nada disso, nem perto disso. Temos 2 grandes forças lutando por interesses pessoais em todos os níveis. Nós aqui, em nossa ignorância insignificante até temos desculpa em defender esse ou aquele ponto de vista mais pessoal, mas essa elite não.

Este texto é um convite a todos que assim como eu estão indignados com essa campanha presidencial e querem uma sociedade mais justa. Vamos cada um ajudar, ter compaixão com os menos favorecidos e em nosso pouco, mas rico tempo livre ensinarmos a ler e escrever, ajudar a construir uma cisterna, a construir uma casa melhor, incentivar a frequentar uma escola, a ter o sonho de fazer um curso técnico, ou uma faculdade, etc. Enfim, usar o conhecimento e os caminhos que temos para com nossas mãos mudarmos essa realidade e poder assim sermos todos mais politizados. Política começa em casa e não nas urnas, como vende a própria Justiça Eleitoral.

"Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim". Millôr Fernandes

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A miséria, cadê?

Nos últimos meses tenho acompanhado os debates, eleições, apurações, debates novamente e procuro discutir com amigos e conhecidos sobre política. Tenho discutido coisas interessantes e tenho percebido minha ignorância em muitas questões. Principalmente na forma como aqui "sentadinho" em um escritório em Curitiba esqueci das coisas que vi quando pequeno onde cresci, o Nordeste do Brasil.

Achando que falar do Tiririca, tentar explicar a sua candidatura e eleição, ou a posição hipócrita do PT sobre o aborto, e a mesma posição hipócrita do PSDB, que em nome do jogo político, tentam parecer o que não são para ganhar o voto daquele povo que há tempos não tem educação e saúde, consequentemente lhes falta coisas como água potável, comida, energia elétrica e outras coisas. Esse povo que elege o PT, PV, PSDB e outros pês continua, com ou sem bolsa família, sem ter o que comer. Dependem do voto, do poder de gente que como eu, está sentado em um escritório elocubrando sobre uma coisa que não conhece e não quer conhecer, a miséria.

A genialidade de artistas (um deles até ex-ministro do Governo Lula) Gilberto Gil e Caetano Veloso compuseram em 1993 a canção Haiti, que diz tudo sobre isso. Economizam minhas palavras e dizem o que tento nesse simplista e curto texto.

Quem sabe levantar dessa cadeira e parar de falar besteira sobre a parte 2 de Tropa de Elite, Tiririca, Dilma ou Serra seria melhor? Sem nós, nada vai mudar, seja quem for eleito.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Não limpem as praias, o dicionário é que está errado

O UOL hoje em notícia mostrou que o Google em sua versão brasileira do Google Street View, a ferramenta online que possibilita visão de 360º das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte chamou a "cidade maravilhosa" de "landfill", que em inglês significa "aterro sanitário" ou "depósito de lixo".

Vejam que injustiça! As praias brasileiras, assim como as lagoas urbanas, não estão poluídas. Os edifícios que ficam nas margens ou em torno dessas águas não despejam seus esgotos a céu aberto direto no que deveria ser e são locais de lazer. Toda a rede pluvial é direcionada somente com o que deve conter, água de chuva. Todo mundo saber que isso é mentira.

O Google afirma que foi um erro de tradução, pois a palavra "aterro" foi traduzida erradamente para "landfill". O Google errou, obviamente o Rio não é um aterro sanitário e nem um depósito de lixo. É uma cidade linda, mas que sofre sim deste mal. O descaso ambiental e a falta de coleta de lixo e tratamento de esgoto a todos seus habitantes.

Pior cego é o que não quer ver, muda-se o significado das palavras em dicionários, mas a praia, essa continua suja e cada vez mais parecida com um "landfill".